Arte egipcia
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Texto das pirâmides, pigmento verde sobre calcário, pertencente ao Museu de Bruxelas
PELA primeira vez na História, uma exposição global - «A Arte Egípcia no Tempo das Pirâmides» (Grand Palais, em Paris, de 9 de Março a 12 de Julho) - demonstra que os egípcios do Antigo Império (de 2700 a 2200 a.C.) não se limitaram à construção das três colossais pirâmides e da grandiosa esfinge de Gizé, que se elevam nos arredores do Cairo.
Há perto de cinco mil anos, eles já dominavam a arte da escultura e da pintura, atingindo uma perfeição extraordinária. «O Antigo Império foi a idade de ouro da civilização egípcia», disse ao EXPRESSO a comissária da exposição, Christiane Ziegler, conservadora do departamento egípcio do Museu do Louvre.
A fascinante viagem ao passado que as galerias nacionais do Grand Palais nos propõem surpreende sobretudo pela espantosa qualidade das esculturas, pinturas e objectos expostos. Nas origens da nossa civilização, existiam escultores, pintores, ceramistas e joalheiros que trabalhavam com extremo requinte a pedra, a madeira, o calcário, o alabastro, o cobre e o ouro, conseguindo realçar, por exemplo, as variações subtis da representação do corpo humano, o sentido da composição ou a arte da cor.
Neste sentido, esta exposição - que a partir de Setembro poderá ser vista em Nova Iorque e, depois de Janeiro do ano 2000, em Toronto - é sobretudo uma maravilhosa e «verdadeira» exposição de Arte.
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«A rainha Ânkhenés Méryrê II e o seu filho, Pépi II», estátua de alabastro do Museu de Brooklyn
A primeira surpresa da excepcional mostra é que apresenta a vida no antigo Egipto como feliz e harmoniosa. Os nossos antepassados acreditavam na