Arte do renascimento
Os modelos clássicos
Os artistas do Renascimento, tal como os humanistas, tinham uma verdadeira paixão pela Antiguidade greco – romana. Os arquitectos puseram de parte a arquitectura medieval (a que chamavam, depreciativamente, gótica, isto é, bárbara) e inspiraram-se nas formas da arquitectura clássica greco – romana, caracterizada pela ordem e pela harmonia das proporções. Foi esta inspiração nos modelos clássicos que determinou duas das principais características da arte renascentista: o classicismo e o racionalismo.
Também a escultura e a pintura, pelos temas que trataram (frequentemente relacionados com a mitologia antiga) ou pela preocupação com o equilíbrio das composições, foram muitas vezes buscar inspiração à cultura da Grécia e da Roma antigas.
No entanto, convém lembrar que inspiração não significa imitação. Embora fossem grandes admiradores da arte clássica, nem por isso os artistas do renascimento deixaram de ser criadores.
Os grandes centros de criação artística
O movimento artístico renascentista nasceu na Itália, particularmente em Florença, nos começos do século XV – Quattrocento.
Florença era uma das mais prósperas cidades italianas. Nos meados do Quattrocento, Florença tinha uma população de 100 000 habitantes e, entre eles, um numeroso grupo de burgueses enriquecidos, apreciadores da beleza, da arte e do luxo. Deste modo, os negociantes e financeiros florentinos criaram á sua volta um ambiente favorável aos artistas. Entre as famílias mais ricas de Florença, contavam-se os Médicis, que acabaram por controlar o governo da cidade e tornar-se mecenas generosos. Sob o seu governo, principalmente no tempo de Lourenço, o Magnífico (1449-1492), Florença transformou-se na capital das artes: ali viveram e trabalharam inúmeros arquitectos, escultores e pintores famosos.
O século XV – o Quattrocento – foi, portanto, o século do Renascimento florentino. No entanto, nos finais desse