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Guy Rüegg[1]
RESUMO: A maior e mais viva planície inundável do Globo, o Pantanal, mais especificamente o Pantanal Sul-Mato-Grossense, é a região tratada nesse artigo, que visa explicitar o elo entre a gastronomia e a música dessa terra. Por ser uma planície baixa, cortada pelo rio Paraguai, que vem de uma região mais alta, o Pantanal passa a maior parte do ano debaixo d’água, salvo os meses de seca, que vão de Julho a Novembro. É por isso que a gastronomia constitui-se basicamente de peixes e animais aquáticos, com destaque para o pintado, muito apreciado pelo povo pantaneiro e a piranha, cujo caldo, reza a lenda, é afrodisíaco. A quantidade e a variedade de peixes é tão grande, que existem festivais de pesca, aonde pessoas de todas as partes vão aos alagados em busca do maior peixe. Além de toda a biodiversidade aquática, ainda há os produtos típicos da região como o pequi, o tereré, a jurubeba, etc. As músicas dos compositores locais são muito apreciadas na região e fora dela, como a Chalana, de Mario Zan e Arlindo Pinto, interpretada por Almir Sáter, entre outras. Cantores como Tom Jobim, Inezita Barroso e até mesmo Raul Seixas, têm em seus repertórios músicas que falam sobre o Pantanal e suas riquezas. Músicas estas que trazem em seus versos o meio ambiente e a vida dos pantaneiros, seus costumes, danças, comidas e principalmente os animais, valorizando suas belezas e importâncias. Portanto, torna-se fácil a construção de uma ponte entre a música e a gastronomia, uma vez que as obras musicais tratam da fauna e esta tem forte influência na cozinha regional do Pantanal, chegando-se a conclusão de que a gastronomia está na música e vice-versa.
PALAVRAS-CHAVE: Pantanal; cozinha pantaneira; música pantaneiras; gastronomia e música do Pantanal; cultura do Mato-Grosso e Mato-Grosso-do-Sul.
ABSTRACT: The greater and more alive subject to flooding plain of the Globe, the Pantanal, more