ARRITMIAS
As alterações na formação e condução do estímulo elétrico do coração geram as arritmias cardíacas, que são ritmos cardíacos anormais. Em condições normais, o coração humano bate em uma frequência que varia de 60 a 100 vezes por minuto. No entanto, muitas vezes ocorre um defeito elétrico no coração. Isso pode fazer com que a frequência cardíaca seja lenta – menor que 60 batimentos por minuto, caracterizando uma Bradicardia; ou pode ser rápida – maior que 100 batimentos por minuto, caracterizando uma Taquicardia. Em muitos casos, ocorre também uma completa desorganização do ritmo cardíaco, impedindo a contração do coração com um todo, caracterizando uma Fibrilação Ventricular.
Ultimamente o conhecimento sobre arritmias cardíacas tornou-se algo extremamente necessário. Pois é relativamente comum encontrarmos indivíduos com algum tipo de distúrbio do ritmo cardíaco.
De acordo com o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – INCOR (2010), “estima-se que, no Brasil, cerca de 212 mil pessoas são acometidas de morte súbita por ano; 90% delas por causa de arritmia cardíaca passível de ser tratada, se for diagnosticada a tempo.”
Portanto, a alta incidência de arritmias cardíacas e seus potenciais riscos ao paciente deixam claro que medidas diagnósticas e terapêuticas devem ser conhecidas e prontamente realizadas.
2 HISTÓRICO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS
No início do século XX, o filosofo holandês Willem Einthoven conseguiu captar, ampliar e registrar pela primeira vez a atividade elétrica do coração humano. Foi por meio de um aparelho chamado Galvanômetro (cujo princípio é ainda hoje utilizado para o desenvolvimento de alguns eletrocardiógrafos) que estabeleceu os fundamentos da eletrocardiografia.
Karel Frederik Wenckebach e James Mackenzie realizaram descobertas de alterações do ritmo cardíaco sem o auxílio de eletrocardiógrafos. Porém, o eletrocardiograma, por sua vez, foi fundamental para a compreensão das