ARQUIVISTICA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
ARQUIVÍSTICA HISTÓRICA
MARGARIDA DIAS
CLAUDICE MARIA FRANÇA
NATAL
2006
O RETORNO DE JOAQUIM
Com profunda satisfação recebi a noticia de que tinha sido selecionada para trabalhar no Arquivo Público do Estado e como o funcionário que eu iria substituir foi demitido por justa causa, eu teria que começar a trabalhar imediatamente. Minha primeira providência foi começar a fazer um exame detalhado do acervo documental do Arquivo, para depois emitir um diagnostico das condições do mesmo, para após isso planejar sua organização de forma eficiente. O primeiro dia de trabalho transcorreu normalmente, porem ao examinar os documentos percebi erros primários que um bom arquivista não deve cometer, como por exemplo, tentar organizar os documentos por assunto ou misturar documentos de acervos diferentes. Comecei a achar tudo muito estranho, pois tinham dito que havia um arquivista trabalhando ali antes, mas se não fosse pela limpeza do lugar poder-se-ia pensar que ali não trabalhara ninguém.
No dia seguinte estava eu muito concentrada na avaliação do arquivo para o diagnóstico, quando de repente, entra um senhor no arquivo, olha para mim muito assustado e fala:
– “O que houve aqui? Alguma epidemia? Estamos de quarentena? A senhora é médica?”
De inicio fiquei um pouco confusa com estas perguntas, depois compreendi que ele estava falando assim porque eu estava usando um jaleco branco, óculos, luvas e máscara para me proteger da poeira e dos fungos que sempre existem em lugares onde se guardam documentos e livros. Sorri um pouco de sua expressão assustada e expliquei: – “Eu não sou médica, sou a nova arquivista e estou vestida assim não só para me proteger da poeira e dos fungos como também para proteger a documentação que estou examinado.”
Ao ouvir isso, aquele senhor deu uma grande gargalhada e replicou: – “Há, há, há, só me faltava