Arquitetura

ESTABILIDADE DE VOLUME

Para que um cimento seja estável, é necessário que nenhum dos seus compostos sofra, uma vez endurecido, uma expansão prejudicial e destrutiva. Os quatros compostos fundamentais do cimento não podem produzir instabilidade, pois seus volumes, após a hidratação, ainda que maiores do que anidros, permanecem inferiores a soma dos volumes dos anidros com o da água necessária à hidratação. Ao contrário, a cal e a magnésia, livres e cristalizadas, se hidratam sem dissolução prévia, passando a um estado pulverulento com marcada expansão. Os estudos feitos indicam que os óxidos e os compostos aparecem sob a forma de: cristais simples, cristais mistos e vidro (parte sem cristalizar). A parte vítrea é variável e depende principalmente do esfriamento do clínquer, variando de 0 a 3% nos resfriados lentamente e subindo para 8 a 22 % nos clínqueres esfriados rapidamente. Neste vidro existe sempre uma quantidade maior ou menor de magnésia, sendo da ordem de 15 a 20% o máximo que o vidro pode dissolver. Os trabalhos de Lerch e Taylor puseram em evidência ser o periclásio, magnésia cristalizada, o responsável pela expansão excessiva, não tendo qualquer contribuição a magnésia dissolvida. Aceita-se, hoje, ser de 2 % o teor máximo permissível de MgO em cristais de periclásio, para prevenir a instabilidade de volume. As agulhas de Le Chatelier são cilindros de 3 cm de diâmetros e 3 cm de altura, de chapa de latão de 0,5 mm de espessura e fendidos segundo uma geratriz, tendo soldadas de cada um dos lados da fenda hastes de 15 cm de comprimento. Os ensaios de verificação da expansibilidade pelas agulhas de Le Chatelier são muito imprecisos, apresentando uma única vantagem o equipamento reduzido e a facilidade de execução. O ensaio pode ser feito a frio ou a quente, conforme as agulhas sejam imersas na água à temperatura ambiente ou em água fervente. No primeiro caso é posta em evidência a influência