Arquitetura
3.5.3. OUTROS FATORES
A discussão precedente sobre o balanceamento de linha apresenta uma abordagem relativamente simples e direta para se chegar a uma linha balanceada. Na prática, a obtenção de uma linha balanceada geralmente envolve considerações adicionais, algumas de ordem técnica.
As considerações de ordem técnica incluem as relativas às habilidades necessárias para a realização das diferentes tarefas. Se as habilidades exigidas para as tarefas envolvidas forem bastante diferentes entre si, poderá não ser viável alocá-las a uma mesma estação de trabalho. Analogamente, se as próprias tarefas forem mutuamente incompatíveis (por exemplo, tarefas que envolvam a utilização ou geração de fogo nas proximidades de líquidos inflamáveis), pode nem ser viável colocar as estações de trabalho próximas uma da outra.
O desenvolvimento de um plano viável para o balanceamento de linha pode também demandar levarem-se em consideração fatores humanos, assim como as limitações de equipamento e de espaço.
Embora possa ser conveniente considerar as operações de montagem como ocorrendo sempre no mesmo ritmo, é mais realista considerar como variáveis os tempos de finalização das tarefas, sempre que estão envolvidos seres humanos. As razões das variações são numerosas, incluindo a fadiga, o tédio e a falta de concentração na tarefa em execução. O absenteísmo também pode afetar o balanceamento de uma linha.
Por esses motivos, as linhas que envolvem tarefas humanas constituem mais um ideal do que uma realidade. Na prática, as linhas raramente são perfeitamente balanceadas. Entretanto, isso não é de todo ruim, porque um certo desbalanceamento significa que existe uma folga em pontos ao longo da linha, o que pode reduzir o impacto de interrupções de curta duração em algumas estações de trabalho. Também, as estações de trabalho que têm folga podem ser utilizadas para trabalhadores novos que podem ainda não ter "entrado no ritmo" do trabalho.
3.5.4. OUTRAS