ARQUItetura
Zevi a respeito das dificuldades encontradas para “saber ver a arquitetura”, no que se refere à espacialidade, ainda se sustentam. Zevi desenvolve as possibilidades bidimensionais conhecidas e empregadas usualmente para a representação da arquitetura, investigando as informações e a compreensão da obra arquitetônica que cada uma pode oferecer, identificando no cinema o meio capaz de inserir a temporalidade na percepção espacial do fenômeno arquitetônico. O cinema, como meio de representação da realidade urbana e das edificações, conecta a multiplicidade de imagens no tempo e diversos pontos de vista, possibilitando tanto a visão global quanto as particularidades do objeto estudado, sem que se perca sua unicidade e a identidade essencialmente espacial que caracteriza, em princípio, a arquitetura. E hoje, com a linguagem do cinema, temos o recurso do vídeo, que é uma maneira acessível de registro e captação visual do meio urbano e da arquitetura e, por sua popularidade por intermédio das mídias como TV e cinema, seu uso, alcance e possibilidades puderam ampliar-se mais ainda. Nem por isso a arquitetura parece ter ficado mais acessível ao nosso conhecimento pela linguagem cinematográfica, como propunha Zevi.
A arquitetura está inserida na vida de todos: casas, prédios de apartamentos e escritórios e, em uma escala maior, a cidade. Apesar de sua presença e proximidade, grande parte de seus usuários