Arquitetura e Urbanismo
O termo arquitetura eclética refere-se a um período de transição da arquitetura predominante desde meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX.
Em arquitetura, o ecleticismo é a mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica. Apesar de que sempre há existido alguma mistura de estilos durante a história da arquitetura, o termo arquitetura eclética é usado em referência aos estilos surgidos durante o século XIX que exibiam combinações de elementos que podiam vir da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica. Assim, o ecletismo se desenvolveu ao mesmo tempo e em íntima relação com a chamada arquitetura historicista, que buscava reviver a arquitetura antiga e gerou os estilos "neos" (neogótico, neo-românico, neo-renascença,neobarroco, neoclássico etc). Do ponto de vista técnico, a arquitetura eclética também se aproveitou dos novos avanços da engenharia do século XIX, como a que possibilitou construções com estruturas de ferro forjado.
Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética de maneira geral se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
No Brasil, a arquitetura eclética foi uma tendência dentro do chamado academicismo, propagado pela Academia Imperial de Belas Artes e pela sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes, ao longo do século XIX. Assim, o ensino arquitetônico acadêmico no Rio de Janeiro, que inicialmente privilegiou o neoclassicismo, mais tarde adotou o ecletismo de origem europeia. Em paralelo surgiram instituições artísticas em outros lugares do Brasil também comprometidas com a arquitetura eclética, como o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
A cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) apresenta ainda hoje, um dos mais importantes acervos de arquitetura eclética do Brasil. Podemos mesmo considerar que a cidade é