Arquitetura Naval- modelo de seções
1. INTRODUÇÃO
A representação do casco através da tabela de cotas que mapeia a forma da embarcação através de calados constantes é muito difundida e utilizada para monocascos (arredondados e quinados.) No entanto, para alguns tipos de casco essa representação não é adequada, pois não permite representar estruturas importantes da embarcação e além disso, limita o usuário a utilizar somente pontos que possuam distâncias iguais em sua coordenada Z.
Vamos propor um método que supera as principais dificuldades encontradas quando utilizamos o plano de linhas/tabela de cotas para mapear e calcular as características hidrostáticas para qualquer monocasco.
Os principais problemas enfrentados utilizando o plano de linhas/tabela de cotas são:
Quinas/ Pé-de-Caverna
Descontinuidades (bulbo)
Geometria convexa/Moonpool/Bow-thruster/Escotilhas
O modelo que iremos apresentar consiste em mapear cada meia-baliza por um número qualquer de pontos que seguem uma determinada orientação, e que permite aproximar a forma exata do casco por uma figura poligonal formada a partir da união dos pontos inseridos anteriormente.
Dessa forma, podemos calcular as características de cada polígono, como área, momento em relação a linha de base/centro, e integrar longitudinalmente para obter volume, centro de carena, área da linha d’água, do mesmo modo que fazemos utilizando as curvas de Bonjean-Vlasov.
Essa forma de mapear a geometria do casco é mais precisa, pois é feita sobre o perímetro da embarcação, ou seja, diretamente sobre o contorno do casco, permitindo cálculos mais precisos. Além disso, é fácil mapear a forma de cascos quinados com menos pontos, devido as suas linhas mais retas. Entretanto, para dar origem a cascos arredondados, é necessário um adicionar uma quantidade maior de pontos para que sua forma seja gerada com maior precisão.
2. VANTAGENS DO MODELO DE SEÇÕES
A partir de agora, iremos apresentar casos clássicos