Arquitetura na grécia
Durante um longo período a população grega ficou separada em pequenos e pobres povoados sem nenhum tipo de organização arquitetônica e urbana, onde a cabana era a forma mais comum de moradia.
A principal função da arquitetura até aproximadamente o ano 320 a.C. era de caráter público, ocupando-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas.
A arquitetura grega inclui vários tipos de construções (casas de habitação, teatros, palestras, ginásios, pórticos…), mas teve a sua versão mais perfeita nos templos, morada dos deuses e símbolos das pólis. Foi na construção dos templos que se estabeleceram os princípios construtivos, técnicos e estéticos, que serviram de modelo para os restantes edifícios.
A maioria das construções levadas a cabo pelos arquitetos gregos foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas na cobertura dos edifícios. Os escultores trabalharam o mármore e o calcário, modelaram a argila e fundiram suas obras em bronze. As grandes estátuas votivas foram esculpidas em lâminas de bronze ou em madeira recoberta com ouro e marfim. A escultura em pedra e em argila era total ou parcialmente pintada com pigmentos brilhantes. Os pintores gregos colocavam pigmentos na água para pintar grandes murais ou vasilhas decoradas. Os ceramistas modelavam suas vasilhas em tornos de oleiro e, quando elas ficavam secas, poliam-nas, pintavam-nas e coziam-nas.
Foi desta dialética entre a prática e a teoria que se estabeleceram as ordens arquitetônicas, conjuntos de regras que definiam as medidas e as relações de proporção entre todos os elementos construtivos; a forma desses elementos; e a decoração que comportavam (relevos, estatuária e pinturas), fazendo da arquitetura um exercício racional e científico (já que baseado em rigorosos cálculos de Mecânica, Física, Geometria e Matemática), mas submetido a critérios estéticos de grande sensibilidade e elegância.
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