arquitetura militar gotico em portugal
Portugal é o país mais ocidental da Europa, com grande fronteira atlântica e por isso desde cedo ligou a sua economia ao mar, através da pesca e do comércio. Ao contrário da maior parte dos países da Europa estava a viver um período de paz. D. João I desejava afirmar-se como rei no contexto ibérico e europeu e queria alcançar fontes de riqueza para resolver os problemas econômicos do país. Os Portugueses dominavam técnicas avançadas de navegação como o leme de cadastre, os portulanos, o astrolábio e o quadrante. Com a ajuda destes instrumentos faziam a navegação astronómica. Os reis anteriores D. Dinis e D. Fernando promoveram a construção naval e o comércio com o Norte da Europa.
Todos grupos sociais estavam interessados na expansão. Ambicionando novos cargos, domínios, oportunidades de negócio e expandir a fé cristã.
A descoberta de novos mundos e o contato com outras civilizações levaram a uma miscigenação cultural que se reflectiria, essencialmente, na arte e arquitetura. Como pioneiro na exploração marítima, Portugal atraiu especialistas em astronomia, matemática e tecnologia naval que fizeram avanços cruciais para mapear o mundo.
Este estilo artístico passa a ter uma decoração ligada à expansão marítima, com elementos decorativos com um carácter naturalista, marítimo e de aplicação dos símbolos nacionais (raízes, troncos, bóias, redes, conchas, cordas, a esfera armilar, a cruz de Cristo e o escudo real). A arquitetura militar foi determinante no território portucalense. A implantação de torres e castelos régios e senhorais marcaram pontos de defesa mas também de ocupação e organização do território.
Os anéis fortificados de defesa se expandiram sucessivamente com a finalidade de colocar as cidades fora do alcance dos projéteis de artilharia. Limitadas em seu crescimento pelas novas muralhas, as cidades foram forçadas a se concentrar em áreas reduzidas e congestionadas.