Carta de pero vaz de caminha
Não há como falar do estilo gótico português, sem mencionar o estilo manuelino (gótico tardio).
Essa expressão artística tem como tema principal, os monumentos góticos caracterizados por sua grandiosidade, o símbolo da glória de Deus. E da igreja, símbolo do poder econômico da burguesia, do estado e de todos que financiaram a elevação do emblema citadino.
O gótico nasceu na França, caracterizado por decorações com motivos da fauna e flora e com monstros (gárgulas).
Após séculos de expansão artística, o estilo se espalhou durante quatrocentos anos para outros países como Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, Inglaterra, Itália e deu às igrejas uma nova grandeza. Os templos tornaram-se mais amplos e iluminados. Suas construções remetiam à verticalidade através dos arcos em ogiva. Todo seu esplendor artístico era concentrado em janelas amplas semelhantes a flores de pedra rendada que se abriam nas paredes, nos belíssimos vidros coloridos (vitrais) que traziam para o interior verdadeiras obras de arte com luzes e cores variadas que refletem nas paredes, as esculturas formadas por estátuas, capitéis, túmulos que tornaram-se mais leves.
O gótico em Portugal surgiu no final do século XII e prolongou-se através do estilo Manuelino (gótico tardio) até o século XV. Foi um movimento artístico que voltou-se para o desenvolvimento da arquitetura (construções religiosas) e das artes plásticas.
A arquitetura gótica aparece com o Mosteiro de Alcobaça. Fundado pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, sendo considerada a primeira obra totalmente gótica de Portugal.
As ordens religiosas mendicantes (franciscanos, dominicanos, carmelitas, agostinhos) expandiram a arquitetura ao construir diversos mosteiros em cidades portuguesas no século XIII e XIV.
Os principais exemplos a serem citados como gótico mendicante, são as igrejas franciscanas e dominicanas de Santarém e Guimarães, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, Mosteiro