Arquitectura e museus
Evandro Saraiva
Licenciatura em Estudos Artísticos e Culturais – 2011/2012
Evandro Saraiva
08
Fall
08
Fall
Universidade Católica Portuguesa
Introdução à Museologia
Introdução à Museologia
Faculdade de Filosofia
Arquitectura e Museus
Índice:
1. Introdução – Pág. 3 2. As Necessidades Específicas do Museu – Pág. 5 3. A Relação Museu-Arquitectura – Pág. 8 4. Reabilitação e Reconversão de Edifícios – Pág. 11 5. Relação Inversa : Como a Arquitectura vê o Museu – Pág. 13 6. Considerações Finais – Pág. 16 7. Bibliografia – Pág. 19
1. Introdução
Milhões de pessoas visitam museus, em todo mundo, todos os anos. Os visitantes, de certa forma, fazem-no não apenas numa perspectiva cultural, mas também turística. Dão os museus como algo sólido, permanente, adquirido. Sabem de antemão com o que podem contar, e hoje em dia, nenhuma cidade do mundo ocidental se dá ao luxo de não ter um Museu. O museu tornou-se, nos últimos 30 anos, um novo templo para as massas, uma nova catedral, que permite a uma cidade ampliar os seus níveis de visitantes anuais, sendo um dos principais vectores, quer directa, quer indirectamente, do que hoje chamamos ‘turismo cultural’, já essencial para as economias locais. Esta designação de ‘novo templo’, acaba por se cruzar ironicamente com a história do museu, que tem na sua génese o mesmo conceito. Sabemos hoje que a palavra deriva do grego ‘mouseion’, que por sua vez deriva de ‘musa’. O museu era originalmente o Templo das Musas, seres mitológicos que protegiam as artes e inspiravam artistas. Centros onde se agrupavam peças de todos os tipos, oferecidas pelos devotos ou encomendadas, peças essas que eram expostas. De facto, o primeiro museu da humanidade foi um Templo. Percorrendo a história, sabemos que até à idade média, o conceito permaneceu, de uma forma similar à grega, tendo-se expandido para Roma e Egipto. Posteriormente, é a