Arquitectura Industrial
É necessário entender que a Revolução industrial do séc. XIX foi o ponto de partida. Este momento da história mundial teve um grande impacto, não só na arquitectura mas também na sociedade, agricultura, nos meios de transporte e comunicação, assim como influenciou as ideias económicas e sociais. O modo de vida das populações foi drasticamente alterado com esta complexa série de acontecimentos.
Esta revolução de sistemas e formas de produção surgiu em Inglaterra, num movimento filosófico-social em que se destacaram Adam Smith, Jeremias
Bentham e Stuart Mill. Antes mesmo da descoberta da máquina a vapor, a subdivisão do trabalho foi o primeiro passo para a podução em massa, pemitindo um desenvolvimento quantitativo e originando o desenvolvimento e aperfeiçoamento das máquinas de produção.
O ferro foi aplicado a vários tipos de construção devido à sua plasticidade e resistência, com estruturas fáceis de montar e adaptáveis a todas as formas e dimensões. Apesar de inicialmente aplicado sobretudo a pontes, após a confirmação da sua resistência e funcionalidade foi aplicado na construção de grandes cúpulas e coberturas. No ano de 1830, o engenheiro francês
Polonceau “inventou” a viga-mestra que permitiu o aligeiramento dos suportes (mais finos e afastados), o reforço dos alicerces, vigas e paredes mestras. No entanto, enquanto componente estética o ferro não era assumido, ficando escondido no tijolo. Só com a construção do Crystal Palace, por Joseph Paxton, para a exposição mundial de 1851 é que o ferro foi aceite como material construtivo inovador e estético.
Com o crescimento das cidades, devido aos fluxos migratórios do campo para a cidade, surgiram novos problemas no urbanismo, principalmente relacionados com a salubridade e qualidade de vida. Este facto levou a novas teorias da cidade ideal e foi um impulsionador do urbanismo. As exigências que grandes fábricas exigiam fez surgir todo um novo conjunto de