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Segundo o autor entender a arquitetura e o seu desenvolvimento é também compreender nossa própria história, afinal ela é fruto da civilização na qual foi gerada. Por isso percebemos que em uma determinada época são abordados temas religiosos, já em outra a mitologia está presente na maior parte das obras e espaços. Isso por que as concepções espaciais são resultados de vários fatores e componentes sociais, intelectuais, técnicos, estético e também das interpretações e vocabulários de cada época. Para ele, somente após esse entendimento podemos estudar os monumentos. E tal estudo pode ser feito através das análises urbana, arquitetônica, volumétrica, elementos decorativos e escala.
O intuito do autor é aguçar a educação espacial livre e atrevida, que nos é escassa. Para traçar, mesmo que superficialmente, as idades espaciais e validar a interpretação espacial defendida pelo livro. Certamente a obra tira a teia de nossos olhos e passamos a enxergar, entender e compreender espaços antes despercebidos.
Para Zevi, as principais características do templo grego são: o vazio do espaço interior, desprezado por alguns arquitetos como Wright; e aescala humana usada pelos gregos que o glorificou e o fez conquistar admiradores como Le Corbusier. Segundo ele, quem estuda o templo grego do ponto de vista arquitetônico procurando uma concepção espacial ficará convicto de que ele é um exemplo de não-arquitetura. Contudo, quem o observa como escultura torna-se admirador da obra - prima.
Ele defende que a arquitetura é o uso do espaço, o que não acontecia nos templos gregos onde o que ocorria era a própria negação desse espaço. Pois os cultos e rituais realizavam-se do lado de fora do templo, já que estes não eram construídos para usufruto dos homens e sim morada dos seus deuses. Ora um local que o homem não faz uso e serve apenas para admiração é como uma obra de arte que está ali somente para ser admirada.
Sabemos que o arquiteto deve