Arq
1. PISOS
Segundo Piccolo (2006) Os pisos, assim como as coberturas, evoluíram conforme a qualificação da mão-de-obra. Os primeiros exemplares utilizavam materiais simples no seu estado bruto, como por exemplo a terra batida ou a pedra sem nenhum aparelhamento. O tipo de piso em cada edificação variava de acordo com a classe social. O piso de terra batida era comum em casas térreas e das classes mais pobres, consistia na aplicação direta de barro ou terra com certa mistura de argila, areia e água, à qual se adicionava às vezes sangue de boi, para uma melhor liga. Essa mistura era apiloada e depois, aguardavam sua cura para utilização. (COLIN, 2010) No caso do piso de pedra, eram recolhidos fragmentos de variadas dimensões e diretamente aplicados sobre o solo onde eram argamassados com barro. Segundo Colin (2010) era comum a utilização de pedras menores pra pavimentação de espaços internos e pedras maiores nas vias e espaços externos, porém ambos os casos receberam a denominação de calçamento pé–de-moleque ou calçada portuguesa. Nos espaços internos era comum as pedras serem argamassadas, porém em vias, utilizavam a técnica da junta seca, ou seja, a não utilização de argamassa, pois seria deformada com a passagem de carros e água das chuvas.
Calçamento pé-de-molque ou calçada portuguesa
Fonte: Piccolo, 2006.
Mais pra frente, houve o aperfeiçoamento da mão-de-obra e o trabalho dos canteiros e com isso foi possível a substituição da pedra bruta pela aparelhada em locais de maior prestígio, como em átrios de igrejas, onde eram feitos desenhos em sua execução.
Em ambientes de menor prestígio, ás vezes eram utilizados o próprio tijolo como revestimento de piso, o que não apresentava boa resistência, resultando em pouca durabilidade.
Piso de tijolos
Fonte: Piccolo, 2006.
A aplicação de pisos de madeira se deu com a evolução da