Aristóteles

Sendo filho do médico do rei da Macedônia, Aristóteles (384 – 322 a.C.) desenvolveu um gosto especial pela Biologia, um tipo de conhecimento fundamentado na observação e bem diferente da matemática, um conhecimento que pode perfeitamente fundamentar-se apenas na razão e na abstração.
Por isso, mesmo sendo o principal discípulo de Platão, Aristóteles elaborou uma filosofia original.
Ele começa rejeitando a existência do mundo das ideias separado deste em que vivemos. Nos próprios corpos encontram-se suas essências, e as ideias são elaboradas a partir das informações recebidas pelos sentidos. Se não existissem os homens, não existiriam as ideias.
Para explicar a existência de seres iguais e diferentes, Aristóteles recorre aos conceitos de substância, essência e acidente.
Toda árvore é substância, que apresenta características essenciais e acidentais. As essenciais são invariáveis e não podem faltar, pois são aquelas que nos permitem identificar a substância como árvore.
Por exemplo, é essencial a uma árvore em estado normal possuir raiz, tronco, galhos e folhas. As acidentais são aquelas que podem variar, tais como o tamanho, a quantidade de galhos, de folhas, etc.
Para explicar o movimento, a mudança, a transformação dos seres, Aristóteles recorre aos conceitos de matéria \ forma e potência \ ato. Para ele o movimento é a atualização na matéria da forma que há nela em potência.
O movimento nesse caso é a transformação da semente em árvore. Para Aristóteles é a atualização na semente da forma de árvore que há nela em potência.
A matéria é o princípio passivo do qual as substâncias são feitas. A forma é o princípio ativo que age sobre a matéria e fornece a identidade visual da substância. A potência é a possibilidade de transformação.
Uma substância está em potência quando ainda não passou por todas as transformações possíveis, por isso está incompleta. O ato é a qualidade de estar completo, acabado no sentido de pronto. Uma