Ariano Vilar Suassuna E O Nordeste
Idealizador do Movimento Armorial e autor de obras como Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil.
Foi secretário de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de2014.
Ariano Vilar Suassuna nasceu na Cidade da Paraíba, atual João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, filho de Cássia Vilar e João Suassuna. Como seu pai era o presidente do estado, cargo que a partir da Constituição de 1937 passou a ser denominado "governador", Ariano veio dar a luz nas dependências do Palácio da Redenção, sede do Executivo paraibano. No ano seguinte, o pai deixa o governo da Paraíba, e a família passa a morar no Sertão, na Fazenda Acauã, em Sousa. Iniciou a carreira literária escrevendo poesias aos 16 anos de idade. Em 1950, contraiu tuberculose e ficou dois anos acamado; quando recuperou a saúde, tentou seguir a carreira de advogado mas, não obtendo sucesso, tornou-se diretor do Teatro do SESI. Em 1947, escreveu sua primeira peça de teatro, Uma mulher vestida de sol, baseada no romanceiro popular do Nordeste brasileiro e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948.
Em 1956 assumiu a cadeira de professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
No dia 19 de janeiro de 1957, casa-se com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos: Joaquim, Maria, Manoel, Isabel, Mariana e Ana.
Com outros intelectuais, fundou o Teatro Popular do Nordeste (TPN) e o Movimento de Cultura Popular (MCP) ambos no Recife. Em 1970, foi o idealizador do Movimento Armorial, criado no Recife com a proposta de "realizar uma arte erudita brasileira a partir das raízes populares da nossa cultura". Foi Secretário de Cultura de Pernambuco durante o terceiro governo de Miguel Arraes, 1995/98.
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como