Argumentos contra o aborto e leis
Não há como traçar uma linha (que seja livre de contestações) na qual se possa determinar quando o feto passa a ser uma pessoa ou a possuir vida, então o melhor é partir do pressuposto que se trata de uma vida desde o momento da concepção;
Toda pessoa tem direito à vida, logo, o feto também deve possuir esse direito;
A mãe deve ter o direito de decidir sobre o que ocorre com o seu corpo, mas não com o corpo que está em seu útero;
A grávida tem obrigação moral de suportar os meses da gestação e parir seu filho;
Exceto em casos de estupro, a responsabilidade pela gravidez é da mãe, por não ter usado camisinha ou anticoncepcionais;
Mesmo que o feto não possa ser considerado “vivo” antes de desenvolver um sistema nervoso central, ainda assim ele é uma vida em potencial, já que se desenvolverá se a gravidez não for interrompida;
O feto sofre durante o aborto.
Dentre as que eu costumo ouvir, as opiniões acima são as mais corriqueiras. No grupo daqueles que são arduamente contra a descriminalização do aborto, percebe-se um consenso de que os métodos para evitar a gravidez são abundantes e que, dado esse fato, não faz sentido permitir que o aborto seja realizado, já que alternativas para prevenir a gravidez estão disponíveis. Questionados sobre a ignorância de parte significativa da população em relação a métodos contraceptivos, sobre a situação degradante em que milhares de famílias vivem (onde ocorre perpetuação da pobreza e altas taxas de fecundidade), ou mesmo sobre a numerosa quantidade de mulheres que morrem por complicações decorrentes do aborto, respondem que a solução para o cenário atual não é a descriminalização do aborto.
As opiniões mais extremas:
Posições contrárias ao aborto mesmo em casos de estupro ou nos quais a gestação ou parto representa risco para a vida da mãe.
Seria assassinato realizar o aborto, mesmo