ARGENTINA: ESTAGNADA NO TEMPO
A decadência da Argentina não é apenas um fenômeno econômico mais também político.
A Argentina, durante a 1ª Guerra Mundial, chegou a ser um dos quatro países mais ricos do Mundo. Era um grande exportador, e autosuficiente em tudo. Tudo foi se deteriorando aos poucos com a prática do populismo (decisões tomadas pelo povo e por um líder “carismático”, não segue partido político). Maior líder da história da Argentina foi Perón, que foi o maior presidente populista do país.
De lá para cá o país vem empobrecendo. O responsável pelo início dessa situação foi o então Presidente Carlos Menem, que decretou em 1989 a paridade entre o “peso” e o “dólar”. Com a paridade os produtos argentinos ficaram caros no mercado internacional e aumentou a importação, quebrando a economia local (na economia local aumentou o desemprego na indústria, e no campo a diminuição das exportações). Como consequência desses últimos anos, ficou muito mais vantajoso importar do que produzir internamente.
Mesmo com problemas, o país mantinha o pagamento dos seus empréstimos, para manter a simpatia de alguns credores e tentar manter a economia do país. Mas não funcionou e Fernando de La Rúa caiu (atual presidente após Carlos Menem). O seu sucessor, Adolfo Rodriguéz Sáa, piorou as coisas quando decretou a moratória em 2001 (suspensão do pagamento das obrigações por empréstimos a diferentes organismos internacionais de crédito) impondo um calote de milhões de dólares a credores internacionais (estimada na época em US$ 130 bilhões e até hoje, a Argentina ainda não quitou a sua dívida com o Clube de Paris), aumentou o salário mínimo e criou uma terceira moeda (o argentino). Tornando assim a Argentina em um lugar ainda pior, instável para os assalariados, empresários e investidores.
A moratória é um dos atos mais insensatos que um Governo pode tomar fechando linhas de financiamentos para o país e mercados para exportação, eleva a taxa de risco, retira a credibilidade