ARARAQUARA NA PRE HISTÓRIA
Em 1910, o engenheiro de Minas e geólogo Joviano Pacheco, andando pelas ruas de São Carlos, encontrou nas calçadas, marcas que pareciam pegadas de animais pré-históricos, enviou ao Instituto Geográfico de São Paulo as pedras para análise, sua suspeita foi confirmada. O arqueólogo comunicou também ter identificado vestígios em várias lajes de uma pedreira localizada perto de uma estação ferroviária a poucos quilômetros de Araraquara.
Em 1931, o cientista alemão Hume identificou as pegadas como sendo de anodonte, um ancestral dos mamíferos. A descoberta fiocu esquecida até 1975, quando o padre e arqueólogo italiano Guisepe Leonardi entrou em contato com os escritos de Von Hueme e veio para o Brasil realizar pesquisas arqueológicas.
Leronardi realizou estudos na Paraíba, na cidade de Souza para conhecer pegadas existentes no leito do Rio do Peixe. Depois, veio para a região de Araraquara estudar as pegadas que ficavam na pedreira de São Bento, próxima da estação ferroviária, a “Estação do Ouro”.
Analisando a pedreira de São bento, Leonardi constatou que ali existia a 180 milhões de anos uma duna de areia de 17 metros de altura e 500 metros de comprimento, onde habitavam diversas espécies de animais, conseguiu identificar pegadas de dinossauros, mamíferos, répteis e alguns insetos, como da pedreira se retirava pedras para fazer as calçadas da cidade o padre foi estudar o passeio público de Araraquara.
Leonardi percorreu aproximadamente 300 quilômetros de calçadas, e encontrou pegadas e pistas de animais pré-históricos. Depois de muito trabalho para convencer as autoridades da cidade da importância das pegadas, duas toneladas de lajes foram retiradas das calçadas de Araraquara e recolhidas para estudos no Departamento nacional de Produção Mineral. Se você for caminhar pelas calçadas do centro da cidade olhe para o chão, talvez também encontre pegadas de dinossauros.
Por que Pré-história?