Aquecimento global
O clima de extremos
As últimas décadas têm sido um período de reflexão internacional sobre o meio ambiente. As mudanças causadas pelo aquecimento global propagam incerteza quanto ao futuro de nosso planeta. Na edição de 2000, o World Institute, nos Estados Unidos, alertou para os dois grandes desafios para a sociedade global no século XXI: estabilizar o clima e o crescimento populacional. A Terra vem passando por mudanças climáticas decorrentes do aumento da concentração de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera. Os gases causadores deste fenômeno são: Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonos (HFCs), Perfluorcarbonos (PFCs) e por último o Hexafluoreto de Enxofre (SF6).1 O mais poluente entre eles é o Dióxido de Carbono, cuja concentração na atmosfera saltou de 288 partes por milhão (ppm) no período pré-industrial (até 1750) para 378,9 ppm em 2005, de acordo com o estudo de Schein (SCHEIN,2006). Esse gás é o principal responsável pela retenção do calor na atmosfera, impedindo que a radiação da superfície terrestre seja liberada de volta ao espaço. As principais fontes de emissão desse gás provêm de atividades humanas decorrentes da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, das florestas em decomposição e do desmatamento. Essas atividades geradoras do aumento de gases do efeito estufa causam um efeito global, portanto, nenhum país está imune das conseqüências do aquecimento global, quer seja um agente passivo ou ativo nesse processo. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi criado em 1988, com a função de analisar, de modo cientifico, técnico e sócio-econômico as informações relevantes sobre mudanças climáticas. Em seu primeiro relatório, advertiu que, para conter o aquecimento global, seria necessário reduzir as emissões de Dióxido de Carbono em aproximadamente 60%. Em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Brasil