aquaponia
Por outro lado, confesso que nunca tive muito jeito pra jardinagem. Minhas experiências na faculdade com plantas sempre foram mal-sucedidas: eu conseguia matar cactos de sede, pra vocês terem uma idéia. De modo que, com esse histórico nada promissor mas uma vontade enorme de comer uns vegetais frescos colhidos “do quintal”, me animei muito quando André levantou a possibilidade de montarmos um sistema mais “independente” de horta: a aquapônica.
Aquaponia, em resumo, é a combinação de hidroponia com aquacultura. A “ciência & tecnologia” por trás do sistema é baseada no ciclo de nitrogênio. Os peixes que você cria excretam compostos nitrogenados como amônia. A água onde o peixe está fica então “nitrogenada”, e esta água é a que “rega” o seu jardim (não é bem regar, vocês vão ver abaixo). O canteiro está cheio de bactérias que convertem amônia em nitritos, que repassam os nitritos para outras bactérias fixadoras de nitrogênio, que se encontram nas raízes das plantas cultivadas em simbiose. Estas últimas bactérias transformam nitritos em nitratos, fixando em última análise o nitrogênio do peixe, e facilitando para as plantas o absorverem e transformarem, no final das contas, em folhas, flores e frutos.
Diagrama geral de um sistema aquapônico. Tirado daqui.
O sistema é praticamente fechado, autônomo e de crescimento ultra-rápido. Além disso, é orgânico e principalmente local (mais local que a sua própria casa, impossível), não depende de nenhum gasto de petróleo para chegar até a sua cozinha. E, dependendo do jeito que você o monta, pode ser bastante sustentável, até auto-sustentável. (No passo a passo abaixo explico melhor.) É uma solução prática e extremamente útil para o futuro, já que