Aqua nostra com golfe

Aqua Nostra com Golfe
O futuro da humanidade depende da existência de água e de energias limpas. O turismo, por sua vez, é um dos principais sectores económicos e imprescindível para a sustentabilidade da economia nacional, e os campos de golfe são uma ferramenta fundamental de eleição de um destino turístico de qualidade.
Desde que comecei a minha formação académica e a opinar sobre a actividade do golfe em encontros científicos, muitas das questões e dúvidas que são colocadas naqueles fóruns, assentam quase sempre na relação causal de que ao defender a construção de mais campos de golfe, de mais qualidade, ter-se-á de considerar um maior consumo de água que, como todos sabemos é um bem cada vez mais escasso e vital à sobrevivência da humanidade.
Consciente dos prós e contras – porque falo de um segmento vital para aumentar a qualidade do turismo e de um bem com cada vez mais carga em termos de consumos – e porque este espaço de leitura é um veículo privilegiado para passar a minha e de muitos experts na matéria, sem considerar ter o dom da verdade, dizer-vos que a minha resposta, para combater alguns desequilíbrios hídricos existentes em Portugal, passa por uma aposta forte na reutilização da água excedentária da rega dos campos de golfe e das águas residuais, permitindo uma convivência saudável ao nível social, empresarial, económico e ambiental, permitindo uma optimização quase perfeita da gestão da água nos campos de golfe já existentes e naqueles que possam vir a ser construídos.
Estaria esgotado o assunto se esta solução fosse defendida unanimemente por todos aqueles que se interessam por este tema. Muitos alvitram por uma solução que devia passar por aproveitar a nossa imensa costa marítima, e daí retirar através do processo de dessalinização, toda a água necessária para regar os campos de golfe e, ao mesmo tempo, abastecer a rede pública das grandes cidades. Seguramente, quase todos, num primeiro momento, pensam ter encontrado uma solução quase