APS EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Tendência mundial à diminuição da mortalidade e da fecundidade e o prolongamento de esperança de vida tem levado ao envelhecimento da população.
O processo rápido de envelhecimento da população brasileira vem sendo ultimamente enfatizado, particularmente no que se refere a suas implicações sociais e em termos de saúde pública. No período de 1980 ao ano 2000, paralelamente a um crescimento da população total de 56%, estima-se um aumento da população idosa no Brasil de mais de 100%.
A faixa etária com 60 anos ou mais passará de 5% da população total, em 1960, para 14% em 2025, quando então o Brasil figurará com uma proporção de idosos semelhante ao que é hoje registrado em países desenvolvidos. Apesar de o envelhecimento ser mais freqüentemente relatado em regiões mais desenvolvidas do País, um aumento expressivo e rápido da população idosa pode também já ser percebido, nas últimas décadas, em áreas com indicadores socioeconômicos mais desfavoráveis e cujas estruturas etárias apresentam caracteristicamente maior proporção de jovens.
Entretanto, é interessante observar o envelhecimento dentro da própria população idosa, pois vemos que, enquanto 17% dos idosos de ambos os sexos tinham 80 anos ou mais de idade, em 2050 corresponderão, provavelmente, a aproximadamente 28%. Na população feminina, o percentual das mais idosas passará de 18 para cerca de 30,8%, assim, presenciaremos o “envelhecimento” da população idosa(3). A população mais idosa será, de modo eminente, feminina. No ano de 2000, para cada cem mulheres idosas, havia 81 homens idosos; em 2050 haverá provavelmente cerca de 76 idosos para cem idosas. No grupo acima de 80 anos, estima-se que, em 2050, teremos duas idosas para cada idoso.
Brasil: População de 80 anos ou mais de idade por sexo 1980-2050
Doenças cujo principal fator de risco é a idade tendem a elevar a sua prevalência, um exemplo típico é a doença de Alzheimer. Estudos em diversas partes do mundo demonstram que