Aps Canhão
Trabalho apresentado como aproveitamento na disciplina de MP ministrada pelo professor Junior do Curso de Engenharia da Universidade Paulista – UNIP, São José dos Campos.
UNIVERSIDADE PAULISTA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2012
Introdução
Em primeiro lugar, não distinguimos semanticamente entre ética e moral, pois, embora o primeiro termo tenha origem etimológica grega e o segundo latina, ambos dizem respeito duplamente a questões de caráter e de conduta. Dizemos, portanto, que uma questão é ética quando se refere a ações humanas julgadas segundo a perspectiva de serem boas, corretas, acertadas. Mas como os meios tecnológicos também podem ser assim julgados e as ações de natureza estratégica também podem ser corretas ou acertadas, podemos afirmar, para distinguir mais precisamente o território da ética, que ela diz respeito a ações corretas ou acertadas à luz de uma vida humana boa e digna. Desta forma, a questão ética encontra-se indissoluvelmente ligada às idéias sobre a vida humana como um todo.
A física entre a guerra e a paz (Relação do canhão e a ética)
É freqüentemente evocado que Arquimedes teria queimado navios inimigos na Grécia focalizando sobre eles a luz do sol refletida por superfícies espelhadas. Teria sido esta a primeira aplicação militar da ciência ou do saber da filosofia da natureza? O caso é polêmico, pois, segundo Thuillier, não é presumível que tal façanha pudesse ser realizada com os meios disponíveis na Grécia Antiga. Entretanto, são inúmeros os exemplos de desenvolvimentos da física voltados às aplicações bélicas. São mais nítidos os exemplos dos fundadores da mecânica no século XVII. Galileu escreveu um tratado sobre técnicas militares e inventou um compasso para esse fim. No segundo livro dos Principia de Newton, há vários tópicos com nítidas aplicações à técnica militar da sua época.
Desde Galileu