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Apresentação – Teoria Política Moderna: BURKE
A origem da obra estra presente na troca de correspondências entre Burke e um fidalgo francês sobre os acontecimentos que o mesmo havia vivenciado na França de 1789.
O autor entende que a França não escolheu o melhor caminho para a revolução, tendo comprado ‘miséria com crime’, como ele afirma.
Para ele, não foi natural dos franceses se voltarem com tamanha ira ao monarca que só queria protege-los. O resto seguiu a ordem de uma revolução.
Com o sucesso da revolução veio o castigo aos franceses na forma de anarquia civil e militar, mercado estagnado e fracasso do papel-moeda.
Na formação das assembleias do Terceiro Estado, percebeu-se não haver homens com experiência prática dos negócios públicos.
Os líderes tendem a ceder à ambição, a falsa glória. Por isso, para uma conduta segura da assembleia, é necessário que ela seja composta de homens respeitáveis.
Não era o caso da composição da Assembleia Nacional que contava com homens de humilde hierarquia salvo raras exceções. Homens feitos para serem instrumentos tinham o poder de exercer o controle, e eles não estavam preparados, afirma Burke.
O mal presente na Assembleia Nacional é que ela não pode ser freada. Ela não respeita uma constituição, mas tem o poder de elaborar uma conforme seus objetivos.
Para ele o desprezo do homem a própria classe que ele compõe é o primeiro sintoma de uma ambição egoísta e ofuscante.
A baixeza conferia o principal caráter da revolução na França. Foi feita de forma desordenada, não pensada onde cidadãos sacrificam sua dignidade, trabalhando de forma vil para atingir objetivos que eles nem mesmo tem definidos.
Para Burke, é necessário que em toda a sociedade exista uma classe ao menos que se sobreponha às outras.
Ele afirma que na França o Estado se encontra oprimido ao permitir que homens de classe inferior se postem a governá-lo. Imaginou-se que promoveria a igualdade, a não discriminação, porém, segundo Burke, isso vai contra a ordem