Apresenta O1
1. INTRODUÇÃO
O engenheiro florestal, ao exercer a sua função, tem na árvore, obviamente, o objeto principal de seu trabalho. Quer isoladamente quer dentro de um ecossistema florestal tropical complexo, ao trabalho no campo ou manipular dados num laboratório, é fundamental para o engenheiro florestal o reconhecimento do objeto de trabalho, ou seja, a identidade correta da árvore.
Cedro rosa – Cedrela odorata L.;
Jatobá – Hymenaea courbaril L.
Cerejeira – Amburana cearensis var. acreana
(Allemão) A.C. Smith
Continuação
Em se tratando de florestas naturais, a sua heterogeneidade, justamente com sua grande complexidade, a grande extensão territorial da nação brasileira e o pequeno número de técnicos trabalhando nessas regiões têm dificultado bastante o conhecimento de suas espécies
(PINHEIRO,1986).
O elevado número de espécies arbóreas dificulta enormemente o treinamento inicial do reconhecimento dessas espécies; entretanto, enriquece-o sobremaneira, com variadas formas e características particulares, amplamente utilizadas para esse fim.
RODERJAN (1983) informa que, para buscar a identidade correta de uma árvore, três caminhos podem ser percorridos. O primeiro é a Botânica
Sistemática, que percorre principalmente aos órgãos reprodutivos, como as flores e os frutos das árvores.
Essa tarefa é difícil, complexa e exige muita prática e experiência. Na maioria dos casos, desenvolve-se em laboratório, quase sempre num herbário. O segundo é a Anatomia de Madeira, que se vale das características da estrutura anatômica do lenho. Esse trabalho pode ser desenvolvido macroscopicamente, no laboratório, e, geralmente, conduz resultados confiáveis sobre família ou gênero botânico. Também exige experiência e muito conhecimento.
Continuação
O terceiro caminho é a Dendrologia, que utiliza, preferencialmente, características morfológicas macroscópicas de órgãos vegetativos, como folhas, cascas, tronco, base de tronco, exsudações, formas da copa etc. Em