Aprender a morrer
Já que a morte nos assombra, de um certo ponto de vista ela nos protege, porque o medo desta faz com que nós tenhamos um instinto de proteção que nos afasta dela.
Quando perdemos pessoas que amamos, gostamos ou temos algum tipo de afeto, idealizamos lugares perfeitos e melhores do que a Terra com o amparo da nossa Fé. Por exemplo, idealizando o "Paraíso" após a morte, o Nirvana, a reencarnação.
De acordo com Fédon, a morte é uma escolha que quando chegamos naquela momento, não podemos ter piedade, dó nem compaixão daquela pessoa, pois foi essa quem escolheu essa situação.
A morte de Sócrates, veio a partir do momento em que ele passa a rejeitar os desejos humanos e passa a buscar somente a sabedoria.
Platão disse que Sócrates seria purificado quando ele transcendesse a barreira entre o corpo e a alma. Para Sócrates, apenas quem reconhece o valor da morte e da vida são os deuses.
Para Epicuro, a morte não signifca nada. Uma vez que ninguém viveu a experiência da morte e voltou para explicar-nos. Mais do que ter a alma imortal, vale a maneira pela qual escolhemos viver. Epicuro, defendia uma posição hedonista porque, para ele, o bem se encontra no prazer, ou seja, se nós não encontramos o prazer na morte, teremos medo dela.
Montaigne diz que a morte é a liberdade e que não devemos temê-la, uma vez que essa sempre vai chegar para todos nós.
Segundo Heidegger, o que nos traz medo, não é a morte mas a possibilidade de não existir. Algumas pessoas não acreditam na morte porque talvez, não acreditando nesta, possam "atrasá-la" e quando chegar o dia, estarão mais tranquilas diante dessa situação.
Sartre, embora influenciado por Hedegger, diz que a morte é nossa única certeza e que essa certeza é a de que um nada nos espera. A morte, ao invés de ser o fim de todo o nosso sofrimento, tira todo o significado de nossa experiência com a vida.
Antigamente, o nascimento era escondido das crianças, mas em compensação, a morte era algo comum para uma