Aprender Ortografia: O caso das regras contextuais resumo
O artigo científico “Aprender Ortografia: O caso das regras contextuais”, reflecte a importância das regras ortográficas no desempenho ortográfico. Para uma melhor compreensão do impacto que as regras contextuais têm na aprendizagem de leitura e escrita das crianças, são aplicadas e comparadas as ideias de vários autores. Num primeiro momento é feita uma comparação entre as ideias de Morais e Tebersosky (que demonstram que, para o caso da língua portuguesa, as restrições contextuais e morfo-sintacticas diferem no grau de dificuldade, e que as crianças demonstram mais facilidade em explicitar as primeiras do que as segundas) com o modelo teórico de Karmiloff-Smith (que defende que, qualquer conhecimento implica uma “redescrição” das representações, sendo estes aspectos de desenvolvimento submetidos parcialmente, num primeiro momento, as restrições sequenciais e num segundo momento, o conhecimento passa a ser representado sob forma flexível (o que permite relações entre as representações)). Igualmente, são expostas teorias de outros autores como Treiman, Kessler, Bick e Silva que tentaram descobrir as dificuldades e a evolução das crianças no caso das regras contextuais, através de vários estudos e experimentos. É demonstrada a importância da sensibilidade ao contexto fonológico, para uma ortografia correcta, e a relação que há entre estes dois processos. Noutra perpectiva, os mesmos autores (através de estudos e experimentos com grupos de crianças) confirmam que, as crianças que apresentam melhor desempenho ortográfico são mais sensíveis às restrições contextuais do que as crianças com pior desempenho. É demonstrada, finalmente, a inspiração de Silva na perpectiva de Bousquet (cuja teoria defende que: “devem ser desenvolvidas actividades metalinguísticas que melhorem a explicitação das regras e que conduzem à tomada da consciência das formas ortográficas das palavras”), que submetendo um grupo de crianças com dificuldades de aprendizagem, à um