Apostolo ii
Seguindo o conselho do especialista em eficiência Walter Flanders em 1908, Ford comprou terrenos em Highland Park, onde pretendia empregar as ideias mais modernas sobre produção, particularmente as de Frederick Taylor. Segundo profetizara Taylor, aquelas ideias trariam uma absoluta racionalidade ao processo industrial. A ideia era partir cada função em unidades muito menores, de modo que cada uma pudesse ser mecanizada e acelerada e eventualmente passar a fluir numa linha de produção de pequenas peças que se tornassem cada vez maiores – a continuidade acima de tudo. O processo começou a mudar na primavera de 1913. A primeira peça da moderna linha de montagem foi o conjunto da bobina do magneto. No passado, um trabalhador - necessariamente um operário qualificado - fazia um magneto de volante do início ao fim. Um bom empregado poderia fazer 35 ou 40 por dia. Agora, entretanto, havia uma linha de montagem para os magnetos, dividida em 29 operações diferentes realizadas por 29 homens diferentes. No velho sistema, demorava-se 20 minutos para fazer um magneto; agora, demorava-se 13.
Ford e seus auxiliares logo se movimentaram para trazer a mesma racionalidade ao resto da fábrica. Rapidamente, impuseram um sistema comparável para os conjuntos de motores e transmissões. Então, no verão de 1913, partiram para a montagem final que, devido à aceleração do resto do processo, havia se tornado um gargalo apertado. Os trabalhadores agora se moviam o mais rápido possível ao redor de um objeto estacionário de metal, o carro que estava sendo montado. Se os homens pudessem permanecer parados enquanto o carro inacabado passasse por eles, através da linha, menos tempo dos trabalhadores - ou seja, tempo de Ford - seria desperdiçado.
Charles Sorensen, que havia se tornado um dos mais graduados homens de produção da Ford, iniciou a linha de montagem puxando lentamente por um guincho um chassis de Modelo T, através de 73 metros do solo da