Apostila de fundações
3.1. DEFINIÇÃO E TIPOS De acordo com a NBR 6122/1996, as fundações diretas ou superficiais são aquelas em que a carga é transmitida ao solo, predominantemente pelas tensões distribuídas sob a base do elemento estrutural de fundação, estando assente a uma profundidade inferior a duas vezes o valor da menor dimensão do elemento estrutural da fundação. Os elementos de fundação superficial que se enquadram nesta definição são: • Sapatas isoladas: elementos de concreto armado dimensionados de forma que as tensões de tração geradas não sejam resistidas pelo concreto e sim pelo aço; • Sapatas associadas: sapata comum a vários pilares cujos centros gravitacionais não estejam situados no mesmo alinhamento. • Sapatas corridas: sapata sujeita a ação de uma carga distribuída linearmente. • Radiês: fundação superficial que abrange todos os pilares de uma determinada obra ao mesmo tempo; • Vigas de fundação: elemento de fundação comum a vários pilares cujos centros gravitacionais estejam situados no mesmo alinhamento; • Blocos: elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou ciclópico, portanto, não armados, dimensionados de modo que as tensões de tração produzidas sejam resistidas unicamente pelo concreto;
M P
h < 2B
COTA DE ASSENTAMENTO
σMAX
B
σMIN
Figura 3.1 – Fundação superficial A Tabela 1.1, apresentada no Capítulo 1, apresenta as situações para as quais os tipos de fundação acima descritos são aplicáveis.
3.2. PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO De acordo com a própria definição, os blocos de fundação devem ser dimensionados, ou seja, devem ter dimensões tais que as tensões de tração geradas sejam totalmente resistidas pelo próprio concreto. O dimensionamento dos blocos consiste na definição das suas dimensões em planta e da sua altura, conforme mostrado na Figura 3.2.
Figura 3.2 – Dimensões do bloco de fundação (Alonso, 2001) Para que as tensões geradas sejam resistidas pelo concreto, o bloco deve