apologética
Não são poucos os jargões utilizados por muitos evangélicos visando defenderem-se ante a ataques aos mais absurdos ensinos que têm infiltrado na igreja. Jargões do tipo “não toqueis nos meus ungidos”.... “não julgueis”. Tais jargões assumem uma característica peculiar da pálida teologia que floresce no Brasil, característica essa de ordem hermenêutica, utilizando-se de textos fora do seu contexto.
O texto: “NÃO JULGUEIS, PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS”. (Mateus 7:1), tem sido um dos mais utilizados, e o mesmo é usado isoladamente causando a princípio a impressão de que não temos o direito de analisar nada de forma crítica, ou seja, cada um tem o direito de pensar e agir com o quer sem ser repreendido por isso. Entretanto, o contexto prova que devemos ser críticos com determinadas pessoas.
NÃO DEIS AOS CÃES O QUE É SANTO, NEM LANCEIS ANTE OS PORCOS AS VOSSAS PÉROLAS, PARA QUE NÃO AS PISEM COM OS PÉS E, VOLTANDO-SE, VOS DILACEREM." (Mateus 7:6).
Ora como podemos evitar de dar nossas coisas preciosas aos cães e porcos, ou seja, aqueles que se encaixam como porcos e cães sem primeiro fazermos julgamento para saber quem são os tais?
Mais adiante lemos: “GUARDAI-VOS DOS FALSOS PROFETAS, QUE VÊM A VÓS DISFARÇADOS EM OVELHAS, MAS INTERIORMENTE SÃO LOBOS DEVORADORES. PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS…” (Mateus 7.15-16). Mais uma vez Jesus nos orienta a julgar e ainda nos dá o requisito, que é o “pelos seus frutos”.
Voltando ao “não julgueis” de Mateus 7:1-6, vejamos toda a passagem:
"NÃO JULGUEIS, PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS.
POIS, COM O CRITÉRIO COM QUE JULGARDES, SEREIS JULGADOS; E, COM A MEDIDA COM QUE TIVERDES MEDIDO, VOS MEDIRÃO TAMBÉM.
POR QUE VÊS TU O ARGUEIRO NO OLHO DE TEU IRMÃO, PORÉM NÃO REPARAS NA TRAVE QUE ESTÁ NO TEU PRÓPRIO?
OU COMO DIRÁS A TEU IRMÃO: DEIXA-ME TIRAR O ARGUEIRO DO TEU OLHO, QUANDO TENS A TRAVE NO TEU?
HIPÓCRITA! TIRA PRIMEIRO A TRAVE DO TEU OLHO E, ENTÃO, VERÁS CLARAMENTE PARA TIRAR O ARGUEIRO DO OLHO