Espumas Flutuantes
Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em 14 de março de 1847 no interior da Bahia.
Castro Alves foi um grande poeta, trazia em suas poesias uma linguagem romântica regada de melancolia, saudade, amor fraternal e amor carnal, e abordava temas que de fato viveu como a morte, pois sofreu com a perda precoce de toda sua família em menos de 5 anos, e questões existenciais que fizeram com que a linguagem romântica da época tomasse novos rumos e ganhasse novos aspectos.
Castro Alves foi uns dos primeiros poetas a se rederem à amada, deixava claro o quanto o eu - lírico estava perdidamente apaixonado por uma mulher, possuía uma lírica erótica e limpa de culpa. Possuía além do romance um cunho político, pois o Brasil estava passando por um período delicado sobre abolição e República.
Quando voltava de São Paulo para a Bahia, após tomar um tiro acidental no pé, resolveu publicar uma coletânea de todas as suas poesias e batizou a obra de Espumas Flutuantes. Nesta mesma época Castro Alves já estava um tanto debilitado por causa da tuberculose, tema que vez ou outra se fazia presente e suas poesias.
Em 1870, publicou Espumas Flutuantes. Dedicou a obra aos seus familiares (pai, mãe e irmão), ao todo são 54 poemas sobre diversos temas, faz parte da 3ª geração romântica, possui algumas traduções feitas por Castro Alves de poemas do Byron (poeta por quem Castro Alves sofria grande influência) e foi sua única obra publicada em vida.
Castro Alves faleceu no ano seguinte, em 1871 quando a tuberculose se agravou. Com apenas 24 anos e grandes poesias que enriqueceram a literatura brasileira, o poeta marcou sua passagem.
Análise do poema – O Laço de Fita
O Laço de Fita
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores... Prendi meus afetos, formosa Pepita. Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?! Não rias, prendi-me Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas, Nos