Apolinarismo
É o propositor da teoria chamada apolinarianismo, considerada herética no primeiro Concílio de Constantinopla.
Afirmava que Jesus não tinha um espírito humano e que seu espírito manipulava o corpo humano, contrariando o arianismo que negava a divindade de Cristo.
Apolinário e o apolinarismo. Apolinário (310-390) bispo de Laodicéia, estimulou a controvérsia sobre a natureza de Cristo, afirmando que Cristo não podia ter duas naturezas, a divina e a humana, completas e contrárias, pois a divina era eterna, invariável, perfeita, e pelo contrário, a humana era temporal, finita, imperfeita e corruptível. Afirmava que o homem está formado de alma, corpo e razão; sustentava que se Cristo houvesse tido as duas naturezas, se houvesse tido em si dois seres, com a parte humana poderia ter praticado algum pecado. Curiosamente, Jesus tinha corpo e alma humanas, mas se diferenciava do resto dos seres humanos em que o Logos divino substituiu ao intelecto humano, resolvendo dessa maneira a relação entre o divino e o humano em Jesus.Apolinário estava convencido de haver resolvido um dos mistérios ou enigmas mais irresolúveis, e de haver permanecido fiel à ortodoxia nicena. Apolinário pertencia à escola de Alexandria, a qual havia recebido mais a influência neoplatônica, a diferença da escola de Antioquía, que se inclinava mais ao estudo da história da vida de Cristo, e era afetada pelo pensamento aristotélico. O apolinarismo foi condenado no Concílio de Constantinopla (381), e um dos principais argumentos contra Apolinário foi que Cristo não havia podido redimir àquilo que ele mesmo não possuía, como a mente humana, cabe dizer, se não houvesse sido, além de Deus, verdadeiro homem. Os capadócios se apresentaram em oposição a Apolinário. Gregório Nazianzeno sustentava que para que Cristo pudesse salvar todos os homens, era