Apocalypto
O filme gira em torno de Jaguar Paw, seu filho e sua esposa grávida. O caçador consegue colocá-los num abrigo pouco antes de sua tribo ser massacrada e ele mesmo levado como prisioneiro. O roteiro é óbvio. A família torna-se a motivação que leva Jaguar Paw a fugir do julgo inimigo e resgatá-los. O trajeto até a cidade Maia mostra sofrimento e muita selva... Lá, Gibson retrata hábitos daquela que foi uma das três grandes civilizações pré-hispânicas do continente. Mulheres eram vendidas como escravas e prisioneiros ou eram sacrificados, ou eram submetidos a trabalhos forçados que permitiram a construção de grandes cidades de pedra. Havia comércio, pedintes, ladrões e uma sociedade altamente hierarquizada. Os reis eram vistos como deuses e o misticismo permeava a vida ordinária.
Na primeira cena, uma caçada pela selva, já dita o ritmo do que vem pela frente. O filme é uma correria ininterrupta. Mas nos primeiros diálogos já fica claro a pouca preocupação com o roteiro. Frases curtas e fortes que apelam para o brio, para a coragem e pela emoção e que não trazem, absolutamente, nenhuma novidade para o gênero. Desde o momento em que Jaguar Paw esconde sua família na gruta está determinado o final. Já se sabe que ele fugir, voltar e resgatá-los. Quando um dos maias mata o pai do protagonista, cria-se o vilão que a estória precisava. A rixa entre os dois é levada até os minutos finais. Não se trata, portanto da resistência de um povo ao julgo do outro. Jaguar Paw é um herói solitário que