Apharteid
A política da segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do NNP (Novo Partido Nacional) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas e os proibia de adquirir terras na maior parte do país, obrigando-os a viver em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve inicio de forma mais intensa na década de 1950, quando o CNA (congresso Nacional Africano), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a política matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e se líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Com o fim do império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o apartheid. A ONU (Organização das Nações Unidas) tentou dar fim à política praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais aspectos do regime racista.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, em 1992, no qual 69% do eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela