ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO ASSALARIADO – SÉCULO XIX Ao final do século XVIII a colônia portuguesa passava por um período de declínio econômico, com uma acentuada queda na receita das exportações dos bens aqui produzidos, onde o Brasil só obteve uma recuperação de forma temporária e excepcional, devido a um cenário mundial atípico. É nesse momento em que o Maranhão, através da ajuda financeira do Marquês de Pombal, vivencia um crescimento em contrapartida às outras regiões do território português. Sendo assim, enquanto as regiões produtoras de açúcar e as regiões mineradoras encontravam-se em um momento de decadência, ele foi o único a obter uma aparente prosperidade devido à ênfase dada na produção de produtos tropicais, no caso algodão e arroz, ambos os produtos que estavam em alta no mercado. Foi um período marcado por três importantes acontecimentos: A guerra de Independência dos EUA, Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas. Esses acontecimentos, somados a transferência do governo metropolitano, a abertura dos portos, a Revolução no Haiti e às dificuldades nas colônias espanholas, fizeram surgir um momento de recuperação econômica, abrindo espaço para praticamente todos os produtos de exportação local, como o açúcar, algodão, produtos tropicais e couros em um período temporário de elevação dos preços. Vale lembrar que foi um período fora dos padrões, sendo assim, superados esses problemas a economia colonial portuguesa volta a sofrer com dificuldades nas exportações. Foi a partir daí que houve uma aceleração da evolução política e uma continuação das dificuldades econômicas a partir da escassez do ouro. Além disso, o conflito entre França e Portugal, que resultou na vinda da corte portuguesa ao Brasil, fez com que houvesse uma mudança de postura em relação à colônia brasileira. A “cooperação” entre a corte e a Inglaterra gerou uma parceria entre ambos, resultando na “abertura dos portos” e, logo em seguida, nos tratados de 1810, os