Apartheid
O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994, na África do Sul, onde os sucessivos governos do Partido Nacional, formados pela minoria branca, impediram a maioria dos habitantes de exercer seus direitos. Denomina-se segregação racial quando determinada sociedade impede várias pessoas de usufruir de seus direitos com base na etnia. A palavra apartheid significa “separação” ou “identidade separada”. O quadro iniciou-se ainda no período colonial, com a chegada dos primeiros grupos de europeus no país, principalmente por holandeses e ingleses. Os europeus dizimaram boa parte da população nativa, e aos poucos, desenvolveram uma ideologia racista, e para eles, nacionalista. Isso porque na visão dos colonizadores, eles seriam a verdadeira nação, e quem não tivesse características étnicas semelhantes eram considerados inferiores e deveriam ser dominados.
Instituição
Em 1948, o Partido Reunido Nacional, principal partido do nacionalismo africânder (como era considerado os adeptos da segregação racial), venceu as eleições sob a liderança de Daniel François Malan, clérigo da Igreja Reformada Holandesa. Sua principal promessa de campanha era aprofundar a segregação racial, principalmente na legislação. O Partido Reunido Nacional, que havia derrotado o Partido Unido, liderado por Jan Smuts, e que era defensor da integração racial, juntou-se a outro partido do nacionalismo africânder, o Partido Afrikaner, formando o Partido Nacional. Logo após as eleições, Malan instituiu o Apartheid.
A discriminação racial foi elevada á uma condição de filosofia. Uma sociedade conhecida como Broederbond (Irmandade), venerava os elaboradores da doutrina do apartheid, os quais considerados de “solucionadores de problemas”. A doutrina do apartheid foi definida no manifesto eleitoral do Partido Nacional da seguinte forma: “A política da segregação racial se baseia nos princípios cristãos do que é justo e razoável. Seu objetivo é a