Apagão Logistico

Na era dos mercados competitivos e globalização, o aspecto custo vem cada vez mais assumindo importância significativa na busca frenética das empresas por maior eficiência e produtividade.
Porém, ao objetivarem a redução de custos, as empresas só percebem o custo do produto e não dimensionam os custos relacionados à logística. O custo logístico é a somatório dos custos de transporte, custos de armazenagem e custo de manutenção de estoque.
Os gastos com logística no Brasil são grandes se comparados ao tamanho da economia. É excessivamente cara, principalmente pela falta de investimentos na infraestrutura e no transporte. O setor de transporte brasileiro está caminhando, a passos largos, para o chamado “apagão logístico”. As empresas brasileiras deixam de ganhar US$ 40 bilhões por ano em decorrência dos custos elevados e da precariedade da infraestrutura de transporte e logística no País. A estimativa é do Centro de Estudos em Logística (CEL). Os principais gargalos estão ligados aos projetos de dragagem dos portos. A falta de gestão também contribui para a lentidão dos portos, aeroportos e acesso das rodovias e ferrovias. O apagão logístico significa a demora cada vez maior para as mercadorias a serem transportadas e a alta de previsibilidade, ou seja, mais custos, e perda da qualidade de serviços e de competitividade. Para que isso não se torne constante, ou talvez pior, a infraestrutura brasileira de transporte tem que estar capacitada para atender a demanda interna e ao crescimento do comércio exterior. Algumas sugestões de estratégia para melhoria deste cenário é a implementação de corredores multimodais, a expansão e a utilização otimizada dos modos rodoviário, ferroviário e aquaviario, a modernização dos portos e a interligação viária com os países limítrofes.
É possível pensar em uma solução em curto prazo? É complicado dizer, pois os desafios não se limitam a falta de investimento em infraestrutura. O espectro é muito mais amplo, abrangendo os gargalos de