Análise
A semiótica é a ciência geral dos signos e estuda todos os fenômenos naturais como se fossem sígnicos, trabalhando as relações entre significado, significante e referente. Os signos têm por características básicas o poder de representar as coisas ou objetos, concebendo, portanto, a realidade extralingüística. Esta surge a partir da transformação do real pela dimensão perceptivo-cognitiva (através da prática social - práxis) por meio da interpretação humana. A experiência perceptivo-cognitiva procura detectar a função desta na construção da realidade e de nosso pensamento. Nesse contexto a língua passa a organizar e moldar o pensamento, sendo, antes de tudo, instrumento de interação social, usado para estabelecer relações e interações entre os falantes. Dentro dessa perspectiva é possível analisar a publicidade e suas respectivas propagandas pelas ferramentas semióticas.
Um estudo detalhado das estruturas de significado, da sintaxe e da semântica dos modelos textuais impregnados na publicidade mostra que a persuasão é tida como chave da eficácia publicitária.
Para se entender o discurso publicitário é preciso apoiar-se em sistemas de sentido que são antes conhecidos pelos leitores e para que esse tenha sucesso é necessário que ele possa transmitir aos receptores uma capacidade inerte de criar e recriar ideologias e formas de olhar as coisas que nos permeiam. Nesse contexto, a semiótica oferece os elementos e os instrumentos necessários para realizar a analise e para levar o leitor a compreender o texto publicitário nos âmbitos socioeconômicos, políticos e ideológicos na sua sociedade, produzindo assim efeitos não diretos ao interlocutor.
A semiótica como um texto pode alinhar conceitos e descrever um objeto e é somente por meio da experiência do leitor que as diversas propagandas publicitárias podem assumir um valor positivo. A semiótica também atribui aos textos publicitários valores que afetam consideravelmente a percepção do