Análise textual
Sua avó, então, vem buscá-la. Dos céus desce e a leva para um lugar melhor, deixando somente seu corpinho, de pobre vendedora de fósforo ao mundo que a não acolheu e nem os olhos voltou em plena data de compaixão.A vendedora que Hans Christian Andersen descreveu no século XVII é presente até hoje, na nossa vida cotidiana. Quantas vezes nos deparamos com a difícil situação de crianças que andam pelas ruas vendendo produtos para sobreviverem e tentarem levar algum dinheiro para dentro de casa? Ou sabemos de alguma história sobre essas crianças e as vidas precárias que levam?
Tal situação mostra como o tempo passa, mas certas coisas não mudam. Também como certas situações mechem conosco, nossos sentimentos e nos fazem refletir sobre elas, nem que sejam por segundos.
O conto como a linguagem escrita provoca esse estado no leitor, como diz Maria de Fatima Cruvinel [²] em seu artigo, baseada na visão de Mikahail Bakhtin:
“Fundamentada na compreensão discursiva de linguagem, a pesquisa parte da concepção de leitura e interpretação como produção de sentidos pelo leitor, mediante a discussão de categorias como discurso, texto e gênero discursivo, autoria, leitor. A visão de Mikhail Bakhtin (1995; 1997) coloca-se como o matriz inicial, especialmente os conceitos de dialogismo e gêneros discursivos, que refletem sua compreensão de linguagem como resultado da relação entre interlocutores que, em situação de interação e conflito, produzem sentidos.
Palavras- chaves: Contos, Hans C. Anderson, Bakhtin, Linguagem escrita, A pequena vendedora de fosforo
Introdução: “Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!”