Análise sociopolítica do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”
Profª Grace Lane de S. Fontes Costa
Análise sociopolítica do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”
Júlio César Valladares da Fonseca
A academia Welton de meninos é uma escola de elite na costa leste dos Estados Unidos, considerada a melhor escola preparatória para as universidades do país.
Os estudantes achincalham os valores de Welton, demonstrando que se sentem debaixo de grande opressão. Assim, em momentos de negação da realidade de Welton, proclamam que os quatro pilares da instituição são fingimento, horror, decadência e excremento.
Meninos reprimidos pelas pressões familiares e acadêmicas aprendem com um novo professor, John Keating, ex-aluno de Welton, o significado da expressão latina carpe diem, “seize the day” ou “aproveite o dia”, em português. Politicamente, o professor John Keating destoa dos princípios de Welton, pois sua maneira de ensinar compromete os quatros pilares da instituição: tradição, honra, disciplina e mérito. Estudantes enquadrados em rígidos padrões comportamentais estão, agora, diante de um professor que ensina a ter liberdade, a pensar por si, a ver o belo, a sair do ordinário, a quebrar paradigmas.
Rasgar o artigo “Understanding Poetry” ou “Compreendendo a poesia” do Doutor J. Evans Pritchard é uma proposta do professor John Keating que visa a libertar os alunos do pensamento cartesiano consagrado naquela academia e representado por aquele artigo acadêmico. Keating chama J. Evans Pritchard de excremento e convida os estudantes a se libertarem das amarras acadêmicas cartesianas dizendo que estão em meio a uma batalha, uma guerra onde as vítimas podem ser os corações e as almas de todos e, finalmente, que os estudantes vão aprender a pensar sozinhos novamente, a apreciar as palavras e a linguagem e que não importa o que os outros digam, palavras e ideias podem mudar o mundo. O professor afirma que lemos e escrevemos poesia não porque é bonito e sim, porque pertencemos à raça humana e a raça