Análise sociológica da semana de arte moderna
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História – EAD
UNIRIO/CEDERJ – Pólo DCA
DISCIPLINA: História e Sociologia
AD 1 – 2012.1
Rio de Janeiro
2012
SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 – TRADIÇÃO E MODERNIDADE – ANÁLISE DA SOCIEDADE BRASILEIRA
Orientador:
Rio de Janeiro
2012
1. INTRODUÇÃO:
O ano de 1922 foi um ano marcado por significativas modificações no cenário brasileiro: a fundação do Partido Comunista e a eclosão da Revolta Tenentista. Paralelo a esses acontecimentos, temos as modificações que já ocorriam na sociedade brasileira. Essas modificações podem ser resumidas na modernização das cidades e consequentemente seu maior crescimento – São Paulo já possuía cerca de 600 mil habitantes e o Rio de Janeiro, mais de 1 milhão – e nas agitações políticas, sociais e econômicas paralelas que já ocorriam em nosso País.
Em contrapartida, temos o sistema político vigente da República Velha e uma elite ainda apegada aos ditos e influências do século XIX. Essas influências dominavam a elite que a incorporava e transformava a arte em uma cópia fiel daquilo que era produzido fora do Brasil. No início do Século XX, a cultura francesa dominava toda a arte e cultura brasileira. Os principais artistas e intelectuais falavam francês e viajavam de forma recorrente a Paris para realizar suas obras ou para buscar inspiração. A Semana de Arte Moderna, como materialização, de fato, do Movimento Modernista no Brasil, contestava esse comodismo cultural de uma produção importada da Europa.
2. MOVIMENTO MODERNISTA E SEMANA DE ARTE MODERNA
Oficialmente o Movimento Modernista começa com a Semana de Arte Moderna de 1922, entretanto o embrião desse movimento é anterior a esse ano. As novas vanguardas estéticas surgiram da necessidade que os novos intelectuais brasileiros das décadas de 1910-20 tinham de romper com a produção artística e cultural vigente ainda no Brasil e apegada as