Análise social do filme Fonte das Mulheres
O filme se passa em uma região do Oriente médio onde os preceitos são perpassados fielmente por tradições islâmicas, como casamento arranjado, o trabalho pesado feito por mulheres, e a submissão destas pelos homens, cujos afazeres só se resumem em ficar bebendo chá e conversando e uma vez ou outra fazem trabalhos leves, como vendas. Não havendo descanso para as mulheres nem quando estão grávidas, muitas delas perdem os bebês nas idas e vindas do morro para apanhar água, pois há 15 anos a aldeia onde vivem, está na seca e não há encanação nem energia elétrica. Dentro dessa perspectiva ética irão ser analisados, baseados no filme, os seguintes aspectos: a posição social da mulher diante dessa sociedade, o poder de escolha dessa mulher e princípios religiosos vigentes da sociedade praticante do islamismo. Cansada do tradicionalismo secular opressor, uma das mulheres (personagem principal), uma das poucas que sabia ler, resolve junto com o apoio do seu marido e de outras mulheres também enfadadas, fazer uma revolução nessa aldeia, começando por uma greve de sexo. Os homens dessa aldeia se revoltam diante desse fato, e por impaciência e intolerância agridem essas mulheres, acreditando que assim irão, através da intimidação, frear suas esposas e o movimento. Como não são muito eficazes, eles recorrem às autoridades religiosas, as quais intervêm dando alusão às palavras do livro sagrado, Alcorão.
A posição social feminina é mostrada como uma condição imutável e