Análise sobre o livro Canaã
José Pereira da Graça Aranha nasceu no dia 21 de junho de 1868 em São Luís no Maranhão.
Cursou Direito em Recife e foi trabalhar como juiz no Rio de Janeiro e no interior do Espírito Santo. Em 1902 publicou o romance Canaã e viajou durante 20 anos percorrendo a Europa, onde teve contato com os rumos que a arte moderna passou a tomar. Como diplomata, serviu em Londres, e foi ministro na Noruega, Holanda e na França, onde se aposentou
Apoiador dos novos rumos artísticos modernistas, Graça Aranha participou da Semana de Arte Moderna, ocorrida em fevereiro de 1922, em São Paulo. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897. Suas obras são Canaã (1902), Malazarte (1911), Estética da Vida (1921), Espírito Moderno (1925), A Viagem Maravilhosa (1929), O manifesto dos mundos sociais (1935).
Graça Aranha e morreu no dia 26 de janeiro de 1931 no Rio de Janeiro.
Personagens Principais
Milkau
Milkau representa o otimismo, a confiança no futuro do Brasil e na força regeneradora do amor universal. A maneira de Tolstói, Milkau prega a integração harmônica de todos os povos na natureza-mãe, revelando um evolucionismo humanitário. É um humanista saudoso do gênio livre e individualista da Alemanha. Por isso deplora o desmoronamento da tradição da cidade brasileira invadida por colônias estrangeiras e sonha com a “ligação do homem ao homem” e com a realização da liberdade.
Milkau não se limita à defesa de idéias abstratas. Seu humanismo desdobra-se em ação quando passa a proteger Maria e ir em busca de Canaã a terra prometida.
Lentz
Lentz é um adepto das teorias racistas. Para ele, os brasileiros, por serem mestiços, estão condenados à dominação por parte de raças “superiores”. Lentz profetiza a vitória dos arianos, enérgicos e dominadores, sobre o brasileiro fraco e indolente. Suas idéias deixam entrever a filosofia de Nietzsche e o evolucionismo de Darwin.
Para Lentz, renovar o Brasil é cobri-lo com os corpos humanos da raça superior,