Análise sobre o idoso
O que podemos dizer da reviravolta da terceira idade em meio ao advento dessa nossa modernidade contemporânea com toda sua relação de problemas ou sintomas, exclusivos? Se a cada trabalho, estudo, pesquisa ou tese, sobre infinitos aspectos e/ou objetos, realizados na base real de nossos tempos encontramos condições impreterivelmente intrínsecas às contingências desse momento histórico, porque nas questões relacionadas à esfera do idoso isso seria diferente? Em geral, entendemos que tem e compreendemos suas peculiaridades, tanto quanto as generalidades, o fato é que os seres humanos têm mostrado, no decorrer de sua história, o dom da racionalização através da segregação, exacerbado com o positivismo do conhecimento científico moderno, separando e categorizando a natureza e seus objetos como os minérios, as plantas, os animais, seus fenômenos físicos, químicos e ainda a si mesmo como criança, jovem, adulto e idoso. Tal solução, que aqui por ora tomará forma de problema, ou não, não se limita ao campo teórico como simples nomenclatura ou termo definitório para facilitação da esfera didática na dinâmica da pesquisa, mas abrange a realidade de quem é jovem, adulto ou idoso a partir do momento em que esses indivíduos se reconheçam como tais, ou, ao menos, tendo ou não tais afirmações as necessárias definições para que sejam consideradas “verdades”, já cumprem a função de caracterizar a problemática intrínseca pela própria colocação: Até aonde tais categorias são apenas referências didático-teóricas e passam a ser realidade sensível na vida de quem o é? Sendo este trabalho de cunho específico o qual limita-se à pessoa do idoso como objeto de estudo, caberia-me a recolocação de tal questão focalizando tal objeto, o que se expressaria melhor pela reformulação da pergunta: O que determina para o idoso “ser idoso”? Qual é a perspectiva da vida do idoso para si mesmo?
“[...] Recentes descobertas no campo da neuropsicologia demonstram que a nossa psique e