ANÁLISE SOBRE A SEMANA DA ARTE MODERNA DE 1922
O movimento modernista surgiu de uma necessidade de transformação de novos conceitos. É certo que, essa ruptura com o passado não foi bem recebida pela sociedade tradicional formada por quatrocentões, burgueses e coronéis.
No pré-modernismo a arte era uma forma fácil de ser decifrada com uma silueta definida e comportada, padrões muito apreciados no Brasil. Mas, os artistas brasileiros estavam à procura de sua própria identidade, mesmo porque desde os primórdios tudo era uma cópia fiel do velho continente.
Foi uma libertação, uma quebra total de paradigmas, um verdadeiro choque cultural, um rompimento total com o passado. Das telas surgiam figuras esquisitas, como o “Homem das sete cores” de Anita Malfati, figura masculina, com a cabeça cortada caminhando entre bananeiras, uma versão da mula-sem-cabeça, com as cores da bandeira do Brasil. Manuel Bandeira não compareceu no evento, mas seu poema “Os sapos” foi declamado por Ronald de Carvalho, como os demais artísticas, ele não foi bem compreendido e tão pouco aplaudido. Villa Lobos teve a “audácia” de entrar em sua apresentação com um pé um chinelo e o outro com o sapato, o público interpretou como uma falta de respeito.
A arte no Brasil jamais foi a mesma depois da “Geração de 22”. Passaram-se 92 anos, mas a referência da revolução artística sempre será a “Semana de Arte Moderna de 1922”.
O legado deste movimento está marcado em cada manifestação cultural brasileira, de norte a sul são tantas diversidades, onde em cada esquina encontra-se um artista pintando uma tela, cantando uma canção, vendendo suas obras, declamando seus poemas. Sempre enaltecendo ou criticando, sem precisar parafrasear ou