Análise sobre artista: Marcelo Silveira
Marcelo Silveira nasceu no ano de 1962, na área rural de Gravatá-PE. Sua formação artística foi iniciada aos 20 anos, quando passou a frequentar a Oficina Guaianases, em Olinda. Após se formar como arte-educador na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Marcelo Silveira passa a desenvolver atividades com crianças de sua cidade natal. Engenho de Objetos foi o nome dado á sua primeira exposição individual, qual ocorreu no ano de 1990, na Itaugaleria de Belo Horizonte.
Tendo o artista plástico brasileiro Arthur Bispo do Rosário como sua maior influência, Marcelo Silveira explora ao máximo as possibilidades de uma imensa gama de materiais -de madeira á couro e de vidro á alumínio- fazendo com que desloquemos nosso olhar para uma estética que evidência o artesanal e a materialidade da obra. O artista pernambucano já ocupou lugar de destaque em importantes mostras como a 29ª Bienal de São Paulo, a 5ª Bienal do Mercosul, a 4ª Bienal de Valência (Espanha) e em instituições como a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Sua obra está nas coleções do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e do Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (Juiz de Fora).
Marcelo Silveira enfatiza seu orgulho pela terra que o criou, em cada uma de suas obras há um pouco do nordeste brasileiro. Para o artista, mesmo que algo não nos seja familiar, se nos aproximarmos e questionarmos, podemos entender, aprender e nos sentir parte dele, tal como ele passa a fazer parte de nós. Seja no uso da Cajatinga em suas obras, remetendo ao local onde passou sua infância, seja na maneira de disseminar suas obras, como no caso do projeto Corre Caminhos, no qual o artista leva o seu ateliê a diferentes cidades do nordeste brasileiro como uma maneira de se aproximar dos artesãos e obter conhecimento diretamente de onde emerge a sabedoria e manifestação cultural de sua região de origem, em sua forma mais pura e bruta, sutilmente Marcelo nos apresenta, nos insere e nos envolve ao que